A oficial diz esperar que sua trajetória sirva de exemplo para as próximas gerações de bombeiros
Soldado, piloto de helicóptero, comandante de batalhão de operações aéreas e chefe do Estado-Maior do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais.
Todos esses cargos estão no currículo da coronel bombeira Daniela Lopes Rocha da Costa, 47, a primeira mulher a ocupar o posto de chefe do Estado-Maior de uma força de segurança pública no estado.
Ela, que é a primeira mulher a ocupar a função em uma corporação no estado, participou da solenidade na terça-feira, 07/02/2023.
No cargo que assumiu, caberá à coronel atuar na definição, coordenação e fiscalização do funcionamento do corpo de bombeiros, corporação com aproximadamente 6.000 praças e oficiais, seis unidades de comando operacional e 12 batalhões distribuídos em 88 municípios.
De acordo com a assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros, a coronel, aos 18 anos, ingressou na corporação como soldado.
Ela fez parte da primeira turma de mulheres admitidas na instituição do estado em 1993.
Em 2005, Daniela participou da primeira turma de pilotos formada para iniciar o serviço aéreo na corporação, com a criação do Batalhão de Operações Aéreas.
Em 2016 ela também foi a primeira mulher nos Corpos de Bombeiros do Brasil a comandar um batalhão deste tipo.
A trajetória de Daniela no militarismo foi marcada por todas essas “primeiras vezes”.
“Fiz concurso para ser piloto de helicóptero, eu era a única mulher concorrendo com homens e fui aprovada. Trabalhei como piloto, como capitão, depois atuei como major, comandei o batalhão de operações aéreas, fui a primeira mulher a comandar o batalhão de cerca de 80 homens”, conta a coronel.
Ela afirma ser importante a garantia de que as mulheres tenham as mesmas oportunidades que os homens. “As pessoas são iguais. Temos nossas diferenças biológicas. Isso é patente. Mas em termos de capacidade intelectual e capacidade técnica não existem diferenças”, diz.
A oficial diz esperar que sua trajetória sirva de exemplo para as próximas gerações de bombeiros. “Iniciei minha carreira como soldado. Comecei na base da corporação e tive a oportunidade de fazer o curso de oficiais. Uma vez como oficial, tinha vontade de comandar um batalhão”, conta.
“Tinha também um segundo desejo, que era encerrar minha carreira como coronel. Então, para as pessoas, principalmente para os colegas que estão entrando agora, saberem que é possível a gente entrar como soldado, entrar na base e construir uma carreira aqui dentro”, diz.
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